Neste episódio da série Gestão Rural conversamos com o Daniel Latorraca, Cofundador e Diretor de Operações da Creditares. Economista pela UFMT, possui MBA em Agronegócio pela ESALQ e em Investimentos Financeiros e Private Banking pelo Ibmec, sobre os novos rumos do crédito rural no Brasil.
Aqui, falamos sobre os novos rumos do crédito rural no Brasil. Alguns pontos que abordamos com ele, foram:
- O que podemos esperar de diferente, para o crédito rural no Brasil;
- O que é “Open Banking” e como ele pode impactar os produtores rurais;
- Com este novo mercado de crédito, produtores com nível de gestão maior, terão melhores oportunidades?;
- O que o produtor precisa fazer pra se manter competitivo.
Veja também: Planejamento Estratégico no Agronegócio
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O podcast Gestão Rural é uma parceria entre o Agro Resenha e a SCADIAgro.
Ainda que o nosso país seja uma potência produtiva no campo, ainda há muito a ser conquistado quando o assunto é gestão de propriedades rurais. Ao disponibilizar conteúdo simples, acessível e gratuito, podemos ajudar a levar conhecimento aos ouvintes e iniciar o processo de mudança de mentalidade nos profissionais do campo.
Na primeira semana de cada mês, estaremos no ar com um novo episódio falando sobre gestão econômica, gerencial e fiscal de produtores rurais em uma conversa descontraída, mas com muito conteúdo relevante.
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Transcrição do podcast
Paulo Ozaki 00:28
E aí, pessoal, estamos começando mais um episódio dessa série sobre gestão rural, que é um tema tão importante para o avanço sustentável do agronegócio, sempre aqui com os meus parceiros da isca d’agro. Aqui a gente vai compartilhar, além de boas histórias, muito conhecimento sobre gestão de propriedades rurais. Então se prepare que a partir de agora o seu tempo vai passar com muito mais. Conteúdo e nesse episódio aqui, cara, vamos trazer uma pessoa muito especial, que é o Daniel Latorraca. Ele é cofundador e diretor de operações da Creditares. Também foi o meu antigo chefe. Tá só pra vocês saberem, economista pela UFMG, universidade federal de Mato Grosso, possui MBA em agronegócio, esalq e MBA investimentos financeiros e private banking pelo Ibmec. Daniel seja muito bem-vindo ao podcast de gestão rural, cara.
Daniel 01:22
Olá, Paulo, tudo bom, cara? É prazer estar contigo aqui é e com todos aqui, não é com o Jonas, é com com o Gabriel. É um prazer sempre que está batendo um papo sobre agronegócio. E aí, quando é sobre gestão aí eu prefiro ainda mais, né? Porque é um assunto que a gente trabalha há muitos anos no setor, então vai ser. É maravilhoso bater um papo com vocês e eu acho que é a minha primeira vez aqui na agro resenha. Podcast, então eu me sinto lisonjeado aí em participar desse projeto que eu vi nascer. Na verdade, não é. Então vai ser muito bacana.
Paulo 02:04
É verdade, Daniel esteve, né, cara? Nos primórdios do podcast, conversamos muito sobre isso, não é? E hoje é verdade. Olha, depois de 5 anos, cara, você tá aí com a gente.
Daniel 02:18
O Gabriel, me perdoe a calhar pra chegar aqui pro paulo de me chamar aqui pro podcast, viu?
Paulo 02:23
Não eu falei ó, pode chamar, pode chamar
Gabriel 02:25
É, eu já. Eu já vou dar, já vou dar o meu ar aqui também, que tá virando isso aqui está virando meio que um nepotismo dos amigos. E os bruxinhos do Paulo Osaki, cara, o japa trouxe aqui, aí trouxe o cara que era o pupilo dele lá. Aí agora trouxe o chefe aí aí toda hora, aí vem alguém da esalq, ele disse, aí ele já fala há, não. Eu era da grifinória lá tal não sei o quê aí que tá todo todo aí, ó, toda hora que transitou em um lado da da Rock Wars lá.
Paulo 03:02
E aí, seu Gabriel Martins, como é que você está no nome de gato?
Gabriel 03:07
to Bem, to com frio, né, cara, tô aí vendo vocês de manguinha aí, aqui está um frio aqui, que está louco.
Paulo 03:16
Hoje, dá uma esquentadinha aqui, graças a Deus. E aí, Jonas de bom Costa.
Jonas 03:22
Estamos, aí no delay.
Paulo 03:28
Muito bem, então, moçada, nós vamos falar aqui hoje com o Daniel, cara Daniel. Bom, a gente tá gravando uma sexta-feira à noite, não é, Daniel? Então você vai ganhar dobrado o cachê tá. Mas ó pra turma aí me avisou, conhecer você, cara, antes da gente começar nosso a nossa resenha, que ser legal, você pudesse contar um pouquinho da sua história aí pra gente, cara.
Daniel 03:50
Você falou rápido, rapidamente. Meu currículo aqui já, como seus ouvintes e os ouvintes da SCADIAgro, já que também já devem conhecer você aí, não é? Como você falou que o seu chefe na verdade não foi um parceiro de trabalho, né? Eu sempre levei a minha história profissional e as as equipes que eu trabalhei com muita parceria, né? E você sabe disso. Então eu trabalhei por muito tempo no IMEA que é o instituto mato-grossense de economia agropecuária e eu tenho 14 anos no setor. E desses 14 anos, 12 anos, eu me dediquei ali ao instituto, entrei não, não era formado, né? Não era casado e eu saí. O profissional formado, casado, bem casado, né? E ainda não com filhos, né? Mas é, é com projetos futuros para isso também. Cara, eu sou um cuiabano mato-grossense, eu costumo dizer que eu não, não, não nasci com o pé na Terra porque o meu pai, nem minha mãe é e nem meus avós trabalhavam com agricultura ou pecuária, né? Eu digo que o meu contato com o agronegócio, com agricultura, com pecuária, foi já numa fase adulta. Vamos colocar assim. Era um cara da cidade, mesmo morando em Cuiabá, né? Que é o Estado. É a capital do estado, hoje líder nas grandes produções. Mas eu descobri o mesmo setor quando eu estava na faculdade, não é ainda na faculdade e fui fazer o meu primeiro estágio, vamos dizer assim, não é? É dentro da faculdade e surgiu uma oportunidade para uma faculdade longe aqui do de Cuiabá. Como eu, minha ideia inicial era sair da cidade, né? Quando me formar eu falei, eu acho que vai ser legal, é estagiar para uma universidade de Piracicaba, em São Paulo, que é a USP, né? Onde eu participei por 1 ano e meio de um projeto de. Sensacional de logística no Brasil inteiro e eu fui pesquisador CNPq aqui em Mato Grosso eu visitei todas as trailers, os portos, as ferrovias aqui do estado, e assim eu comecei. Eu falei, caramba, eu moro nesse estado que já já, já tinha alguma alguma referência nacional como economista, né? Eu falei, poxa, eu acho que eu tenho que ficar aqui e aqui estou, né? Então nasci, me criei, estudei e continuo aqui. Né? Mais recentemente, em outubro do ano passado. Medir me dedico 100 % a Acreditares que é uma empresa que eu fundei em 2020 com o meu sócio José, e hoje estamos aqui falando sobre o gestão, vamos falar de crédito, vamos falar de open banking que é porque também ao longo da minha trajetória e eu acho que esse é o meu perfil. Eu sempre gostei de olhar as tendências e de alguma maneira está à frente delas e a própria Acreditares nasceu de um contexto que a gente via no passado. Aonde é? Toda essa gestão financeira rural iria ser a próxima revolução, o que é que iria acontecer no campo? Eu acho que isso está cada vez mais real.
Paulo 06:54
Legal, né, cara? Porque a gente? A gente viu essa revolução do sistema financeiro assim com os bancos né digitais e tal. A gente viveu nossa geração. Viveu isso, né? Hoje, se você quiser resolver tudo de casa, se resolve, né, cara? E você pensar que 10 anos atrás, que foi meu 5 minutos atrás na história da humanidade, né? É, você nem imaginava que isso pudesse acontecer, né? Cara e sem dúvidas, o próximo passo pensando em a no nosso setor, né? Seria esse né cara?Porque é uma burocracia do caramba, não é meu.
Daniel 07:28
Sem dúvida, cara é aquilo, né, cara, a gente evoluiu muito. Como você disse aí, em especial nos últimos anos. É nas duas últimas, décadas? Né vamos dizer assim né? Esse ponto de vista tecnológico, né? É a gente. Eu sempre gosto desse tipo de conversa, né? Por exemplo, se você tem filhos, né? Os seus filhos já são nativos digitais, né? Nós quando nascemos assim, a inovação tecnológica do mundo e para a criança era videogame, né cara? Então, puta, como mudou isso, né, meu? Então o senhor, sua filha e de 2-3-4 anos já tem celular? Já mexe no celular já às vezes já até sabe mais do que a gente, né, cara? E eu me lembro quando era criança, a gente era mais coisas, a gente viveu, vai num mundo físico. Não é 100 % físico, né? As coisas vão mudando aí, isso também vai mudar os negócios, eu vou, na minha trajetória, né? O acabei não falando, mas só pra encerrar essa. Essa minha apresentação que teve muito a ver com a minha decisão de empreender também foi me envolver, né? E ajudava a criar o agri hub não é, então isso realmente foi um Marco assim na minha vida e eu já vi você também falando que também mudou um pouco da sua visão. Aí é ter participado desse processo, então fomos privilegiados, vamos dizer assim, né? De pegar um projeto tão legal desse lá no começo, que hoje é uma instituição aqui da federação da agricultura e pecuária, nédo Mato Grosso que. Faz essa conexão entre empresas e startups, produtores e investidores. E hoje eu tenho a grata Felicidade de hoje ser um dos dos clientes. Não é ter um dos residentes da gri Club que é uma iniciativa muito legal que é exatamente para, de alguma maneira acelerar essa comunicação, acelerar essa essa aproximação do campo com as inovações.
Paulo 09:17
É isso aí, cara. Muito bom é o podcast. Essa é uma cria também da agri hub bem diretamente. Né que foi? Quando a gente começou, eu pelo menos comecei. A pensar mais nessas questões, né? Mas aí o Daniel queria começar a abrir o nosso, a nossa conversa aqui, então é uma coisa que a gente fala bastante, não podcast sobre essas mudanças graduais que o crédito rural vem passando, né? Minha voz ainda não está 100 % Então a gente fala bastante aqui no podcast gente já comentou muitas vezes sobre essas mudanças aí graduais, que o crédito rural ele vem passando, não é? É no passado. Era muito mais investimentos públicos e depois foi mudando, né? Tem várias fontes de crédito. E agora que vocês estão trabalhando diretamente neste processo, cara, o que que diferente a gente pode esperar para o crédito rural no Brasil? Como está esse cenário hoje? Fala um pouquinho pra gente sobre isso aí, cara, por favor.
Daniel 10:23
Eu acho que o crédito deve ser um dos assuntos mais comentados hoje no Brasil. Assim, em relação ao ao ao agronegócio, né, por ser um ano tão atípico, né? De crédito e de alguma maneira, vamos dizer assim, uma coisa já prevista. A gente só não sabia quando ia acontecer, mas só voltando um pouquinho lá atrás, já que você está contando gente tá falando de história, né? Se a gente volta lá pra década de 80. Né 70-80 e a metade, a primeira metade da década de 90, né? A gente tinha praticamente um banco que fazia crédito rural no Brasil. E né através do do dos recursos, é subsidiado pelo Tesouro nacional. O Tesouro Nacional tinha uma participação muito efetiva na criação das linhas de crédito rural, né? E tudo isso que a gente chamou de plano safra não é um praticamente o Banco do Brasil operacionalizando tudo isso. Né era o banco do agro, né? E a caixa era era o banco da casa, né, da minha casa e da então. E os bancos privados ainda não, não, não, não, não se não não, não via vantagem na verdade de. Onde fazer esse financiamento? Até porque a agricultura ia se estabelecendo né toda a história. Agricultura também o Brasil ainda era importador na no início da década de 80. De Alimentos, né? Então você tinha aí um banco e o Tesouro nacional fazendo isso. Tem artigos e tal, é que depois é eu posso até compartilhar, né, mostrando o peso né, do governo, fazendo aí não só a parte de de de crédito rural, subsidiado esses juros é, até porque a inflação era altíssima e a taxa de juros no Brasil também era altíssimo, então esse subsídio era né? Essa diferença, subvenção aí da da taxa de juros, era pesadíssima na época e isso, obviamente, construiu agricultura importantíssima. Não só essa política, mas a política também é de comercialização. Não é todo o PGPM é política de preços mínimos. Na época tinham estoques próprios do governo, tinha os armazéns da Conab, enfim, isso era uma outra época, trazendo um pouquinho para a década de já para o fim da década de 90 e início da década de 2000 né? A gente tem cooperativas agrícolas assim. Já existiam, mas com mais firmeza, saindo inclusive do Rio Grande do Sul. Aí então, a gente está falando aí com o Jonas e com o Gabriel direto do Rio Grande, né? Saiu do Rio Grande do Sul se transformando em redes nacionais, né? De cooperativas de crédito. E aí você também começa a dividir, né? Vamos dizer assim, esse crédito agrícola. Vamos dizer assim, financeiro né com a com as cooperativas e, em paralelo a isso, no final é no final da década de 90, na segunda metade, desta vez de 2000 a gente teve firmemente as tradings também fazendo financiamento. Famoso bar ter surgido, né? As exportações, né? No final da década 99 já que não sei se eu posso, eu vou aprofundar um pouco da história. Eu gosto de história.
Gabriel 13:22
Fique à vontade aí cara.
Daniel 13:24
E o câmbio deixou de ser fixo para se tornar flutuante, não é? E aí você permite que seja o Brasil, né? Se torna um grande exportador de alimentos, a China entra em 99 também no Mc, então a gente tá começando a ver tudo o que a gente tá vendo hoje aí consolidados e de alguma maneira também é a as tradings vem com com força maior ainda, né? O centro-oeste desenvolve ainda mais, soja, aí vem o milho segunda safra, algodão, tudo isso eu tenho 25 anos, isso é muito doido, né, cara, é muito rápido do seu ponto de vista de de. De momento histórico que você falou aí de de de 5 minutos, tem isso aí, foi alguns segundos, não é do que aconteceu na história da humanidade. Então, dentro dessa perspectiva, a gente tinha aí o barter, né? Em especial aqui no centro-oeste, fazendo um bom boa parte do financiamento próprio IMEA, tem um dado que é o fan de da soja, né? Em 2008 ainda não é metade do crédito do do custeio da soja, que já ainda era bater, né? Ainda era feito através do Astrid Astrid, inclusive. Na época, antes, até nessa primeira, é da década de 2000 Dava dinheiro para o cara, não é tipo assim, antecipava cara, antecipava, vem de soja e botava dólar na mão do cara lá meu financia lá vai na revenda, vai, vai em outros lugares e trazendo agora para de 2010 para cá. O agro se tornou pop, não é? E aí o agro se tornou no pop um dos principais setores da economia. Os bancos privados chegaram para o jogo, né? Todo aquele é todo aquele dinheiro que eles repassavam para cooperativas, para o Banco do Brasil fazer o crédito rural, né? Ele faz o pai ser compulsório depois da vista que eles são obrigados a fazer no crédito rural. Opa, eu vou começar a fazer essa estrutura aqui e aí agora, mais 5 e 6 anos. Os bancos privados, né? Santander, Itaú? É, enfim, Bradesco, vem o Bradesco, já com uma história, talvez um pouco mais longa, mas agora vem com os times próprios, diretorias próprias, e aí fazendo o crédito rural. Então hoje nós temos vários. É é opções do sistema financeiro, temos o barter também, que ainda é muito forte. No financiamento não é Paulo, mas a principal mudança do que ocorreu em especial nos últimos anos para cá, é que aquela parcela que eu falei que era praticamente 100 % da década de 80 do do do plano agrícola, não é o plano oficial, né hoje, ela não representa nem um terço da necessidade de crédito no Brasil, né? Estima-se aí que se tem algo em torno de uma necessidade, aí de 800 a 900 bilhões de reais, é anualmente para se fazer o custeio dessa safra e que deve chegar a 300000000 de toneladas e o plano safra atual né está anunciado? Em trezentos e quarenta, mas o que está realizado não realizou nem 250 Bilhões de reais, então é um pouco menos de um terço. O produtor cada vez mais depende do recurso privado, do juros livres para fazer o seu financiamento. E aí, cara, muda um monte de coisa, porque nesse novo cenário do crédito rural, a primeira coisa que muda é que é o seguinte, o produtor que estava acostumado a falar assim “ah vamos ver a taxa de juros” como é que ele via a taxa de juros? Ele ia lá no banco, da preferência dele, ou numa cooperativa de crédito assim, ó, “como é que tá a taxa do do custeio aí? como é que está a taxa do moderfrota?” “Como é que tá?” Ou seja, por linha, o moderfrota está 12 o outro está 8, agora não é mais assim, porque se eu estou falando do mercado privado? E também no meio dessa década, o mercado de capitais veio para fazer parte desse recurso, porque precisava ter mais alguém ali para fazer. É frente a esses 900 bi? Então veio o mercado de capitais. Veio o fiagro, né? Veio as novas leis que foram do agro que foram é colocada atualização da cpr, cpr em dólar, enfim, várias coisas. Registro de CPI no Brasil né, que é muito recente também nos últimos 2 anos, obrigação de registrar em cpr’s então, todas essas movimentadas. Que permitiu o crédito ficar mais privado, está fazendo que o produtor vá ao banco hoje ou vai a vá ao financiador dele fazer. Qual é a taxa? Eu falei assim, não, a taxa agora eu preciso analisar você, preciso analisar o seu perfil para saber qual é a taxa no mercado privado. Não é a linha que determina as taxas, mas sim, o nível de organização desse produtor, o nível de garantia que ele tem para dar na operação e, obviamente, em um nível de relacionamento que ele tem com o banco, tá, então isso muda totalmente o jogo. Paulo porque antes, para eu pegar o crédito. Eu montava o meu projetinho e botava minha pastinha de matrículas e levava para o banco, e hoje muda um pouquinho, porque ele quer saber como é que tá a gestão, como é que está a organização dos dados, os bancos de atacado estão entrando forte no mercado,e querem saber quais são a relação de ativos e passivos desse produtor. E aí, se eu não tenho uma organização financeira, eu começo a ter as piores taxas do mercado.
Paulo 18:39
Muda todo o jogo, do negócio.
Gabriel 18:40
E tem um negócio cara que aqui no No No gestão rural a gente gosta de traduzir, né? Esses termos difíceis assim é para a linguagem que a gente tem do dia a dia do produtor, enfim, é um termo que chama atenção assim, no trabalho que vocês fazem aí na Acreditares, é o open banking, né? É como explicar isso para a gente? O que é o open Bank? Assim e, ele como que que isso pode a impactar? Vida do produtor rural daqui para a frente.
Daniel 19:17
Perfeito, cara, é, vamos dizer assim, ó, para tentar assim, simplificar um termo que já está em inglês. Né aí, pô, quem não entende que é o open Bank, vamos dizer assim, pra dar uma resumida boa. É um novo ambiente que o sistema financeiro nacional hoje está, é onde assim regulamentado e neste novo ambiente, né? A principal questão que muda é a seguinte. Antes do open Bank, não é quando antes desse novo ambiente aqui, regulatório, é como é que funcionava, então eu ia lá abrir uma conta num banco específico e tinha um relacionamento com esse banco, vamos dizer assim que eu sou um bom pagador. Eu fiz os créditos, paguei tudo certinho, bacana. Ele tem o meu fluxo de caixa, porque ele tem meu saldo, né? O saldo da minha fazenda está todo ali, né? Os meus cartões de crédito da minha esposa, dos meus filhos, está tudo né? Como é o meu livro de gastos, né? Então, e esse dado no final do dia? Obviamente, eu poderia ter acesso a ele dentro da plataforma do banco, mas ele não poderia ser compartilhado com outros bancos, a não ser obviamente que eu tirasse todas essas informações, né manualmente e levar isso para o banco. Acho que isso nem era. É a ideia inicial de uma pessoa e nem teria vantagem antes do open Banking, caso ela fizesse isso, tá? Então imagine você o seguinte, então os seus dados no final do dia. Praticamente nem eram seus, esses dados ficavam quase que com o banco, entendeu? Com o cara que isso puxa isso inclusive, valia dinheiro, né? Porque, poxa, é é nesse sentido aí é ele tinha todo o seu histórico com toda a sua questão, aí todo o seu comportamento financeiro na mão dele, você não poderia compartilhar com os outros, né? Via banco com o banco e isso, vamos dizer assim é, criava de alguma maneira um grande privilégio para esse, essa instituição financeira, no ambiente do open banking, o que principalmente muda, é o conceito dele. Esses dados são seus, não do banco. Então, se esses dados são os seus mediante a sua autorização, você pode compartilhar com quem quer que seja. Dentro, obviamente, de uma instituição financeira que seja dentro do open banking, das regulações, do open banking, de segurança, de tudo para você, o qual objetivo para você obter os mesmos benefícios ou até melhores benefícios em produtos financeiros de outros bancos, né? que você pode compartilhar essas informações, então vamos supor, hoje eu queria, eu quero. Pegar um consórcio, poxa, hoje, se eu, se um banco que eu tenho um relacionamento há 40 anos, é, é se eu quiser pegar essas informações do meu relacionamento de 40 anos, levar pro do deste banco a para o banco b eu posso? Autor, mediante uma autorização, num botão no meu, no meu internet Banking, passar todo o meu histórico de 40 anos com, obviamente com um objetivo de obter uma taxa de administração melhor desse desse consórcio, porque ele vai me conhecer, ele vai saber quem eu sou, vai? De ver que eu não não sou um cara que nego conta, que eu tenho um fluxo saudável de caixa e assim por diante, entendeu? Então, dentro dessa perspectiva, o open Banking é um novo ambiente onde eu tenho os consumidores, os produtores, sendo donos dos seus próprios dados, podendo compartilhar mediante a sua autorização com qualquer uma das instituições, independente onde esteja esse dado. Se há uma um banco que eu tenho uma relação de 40 anos e é um banco que eu tenho relação de 5 anos para que? Com esse compartilhamento eu tenho melhores taxas de juros, melhores taxas de administração ou isenção da da do pacote de da conta que eu tenho dentro de um banco. Então, dentro dessa perspectiva, hoje, nós no Brasil estamos até um pouco mais avançados do open Banking, né? Estamos indo, já fomos para o open finance, então eu posso compartilhar não só dados bancários. Eu posso compartilhar dados de investimento, então se eu tenho uma carteira de investimento que eu já posso compartilhar e de seguro também. Tá, como é que o senhor tem um seguro do carro? Só tem um seguro da casa, como é que foi meu comportamento ou ou comportamento desse bem aí? Ao longo dos anos e dentro aí trazendo para o agronegócio, né? Quando a gente monta a nossa empresa é até já aproveitando para falar um pouquinho de Creditares, né? A gente viu que isso, poxa, se a gente tá falando que o crédito está cada vez mais privado, vamos colocar assim, o produtor vai ter que reunir cada vez mais dado para fazer, é esse tipo de é tomada, né, de crédito? Que é jornada em relação A pegar mais crédito e a agências financeiras novos, sejam eles novos bancos entrando, seja ele novas fintex entrando no processo ou mesmo fundos, é por que não aproveitar essa fase do open banking, que tem boa parte dos dados para serem compartilhados. Mas os dados que esse produtor já tem dentro da sua propriedade, né? os dados agronômicos. Os dados os dados comerciais. Então dentro dessa perspectiva, o que a gente está trazendo de novo para esse novo ambiente do open Banking, é o produtor, obviamente, e se beneficiar da do open Banking para obter novas taxas e uma negociação melhor das suas soluções financeiras mediante esses dados e os dados que ele já tem dentro dos seus sistemas de gestão. Com os dados agronômicos, dados comerciais, para daí ele, vamos dizer assim. Ter A Independência de buscar as melhores alternativas é quando há necessidade de crédito. Então, basicamente é isso. O open banking dá poder ao produtor em relação ao seu dado, para que nas futuras negociações. Em relação às suas soluções financeiras, sejam elas créditos de investimento ou seguro, ele obter vantagens e benefícios nessa negociação através dos seus dados que vão comprovar o seu Bom Comportamento ao longo dos anos.
Jonas 25:35
Então, o Daniel, eu acho que uma coisa que chamou atenção. É como essa, como é a revolução do digital, né? Aconteceu que a gente começou a ter muito essa dúvida a respeito do uso das nossas informações em geral, né? A Rede Social é tal e a propriedade acaba sendo a meta do Google, da Microsoft. E tu vê o open banking, que gera até num primeiro momento, uma, uma. Preocupação assim pra quem tá, não vou aceitar ou não vou aceitar isso aqui vem totalmente ao contrário, né? Ele vem para te dar o poder sobre as suas informações. Na realidade está tirando. seria como eu disse assim para o Facebook. Lá não, não me dá tudo que eu fiz aí até agora, que eu vou entregar lá para Microsoft que eu acho que a Microsoft vai vai fazer isso melhor, então é assim para tentar dar um pouquinho mais de clarear um pouquinho mais assim é é, é o contrário, a coisa não é o poder na mão do dono da informação, como tu falou mesmo, né? É em um primeiro momento quem fala com pensa em relacionamento, né bancário, relacionamento financeiro, já fica meio assim não para aí esses dados aqui eu vou entregar para os outros. Os dados já estão lá, só questão com um só. E hoje, com um só deles, ele não gera nenhuma vantagem para ti. Assim, claro, gera algumas vantagens, mas não gera uma vantagem competitiva de taxa. É de, né de facilidade, porque ninguém consegue entender o risco que tu tens, né? O teu comportamento, porque é tudo entregue na mão de um banco só, que legal isso. E é assim que momento que a gente está vivendo, né? Assim que o momento de uma revolução digital de verdade, porque se falou aí há nos últimos 20 anos, muita coisa aconteceu nos últimos 20 anos, muita coisa aconteceu, mas acho que nos últimos 5. E assim várias estão. Né assim, vários realmente está acelerando, não é? É um negócio, é uma coisa, é muito rápido mesmo.
Gabriel 27:23
Não, e tu estava falando Jonas, tu tava falando aí agora e quando o Daniel estava falando, eu estava pensando exatamente nessa analogia das redes sociais, cara, porque o Facebook e o Instagram, né? Basicamente, eles fizeram exatamente o contrário, né? Eles fizeram exatamente o contrário. Eles pegaram e em um determinado momento, só a rede. Agora a essa rede de pessoas que tu fez, não é tua esse relacionamento, não é teu, é meu. Então tudo o que tu postar aqui não vai aparecer para eles, vai aparecer para eles que tu me pagar. E aí, O open Banking vem ao contrário, não é? Tipo assim, ó toda essa tua história que ela tem valor. Então assim, ó tu que construiu essa história de crédito aqui e tal, tu pode pegar isso aqui e mostrar para um outro banco lá que isso aqui vale dinheiro, tipo assim tu tem, né, tu tu pode ter uma taxa melhor porque o teu histórico é bom e é mais ou menos isso aí, né? O open Banking, Porque realmente, sim. Principalmente o produtor rural. Eu, eu, eu, eu tive, né? A gente está em roda de produtor tal, a gente trabalha só com isso. E aí o cara desconfiado, né não? Mas o que que é pá? Vão abrir agora todo mundo vai saber meu saldo, não sei o que tal, né, porque ficou mal explicado, né? Assim, não é que ficou mal explicado aqui a informação chega do jeito que sei lá, do jeito que alguém quer, né?
Paulo 28:53
é as tia do zap, mandaram né, velho, do jeito que ele chegou Pela tia do ZAP
Gabriel 28:56
E essa explicação do Daniel aí? Ela deixa muito claro, né? Que assim, ó cara. O negócio é para te beneficiar, sim, não é para te prejudicar.
Daniel 29:07
O importante é dizer o seguinte, tá? Nós estamos no começo do ambiente da open Banking, então às vezes a gente não vai ver o benefício de cara, tá? Porque tudo que a gente falou aqui foi a isso é a nível micro, ou seja, poxa, eu em produtores, e nós também, todos nós, que temos contas bancárias que precisamos de financiamento, podemos é é tipo usar do nosso histórico eu tenho, por exemplo, uma conta antiga para usar no meu histórico para dar aqui um pouco. trocar ou ou mesmo ficar no meu banco ou trocar de banco? Isso não quer dizer que eu vou trocar de banco. Quer dizer que eu quero ver melhor as opções que eu tenho no mercado para daí tomar a melhor decisão, inclusive com os meus dados que quanto mais dado, mais transparência quanto mais transparência né melhor vai ser o relacionamento e menor tende a ser o custo. Agora, quando eu penso no macro, quando eu penso agora é subir um pouquinho olhando de cima para baixo. Isso estimula, principalmente a concorrência e o open Banking é o principal benefício dele. É isso porque se imagina se estou no mercado fechado, né? Eu tenho bancos gigantes, com históricos relevantes de várias pessoas no Brasil. Poxa, para um banco novo chegar, cara, pô, o cara tem que remar sem o open Banking, pô, o cara tem que remar, construir um relacionamento. É, é, vai, vai abrir a conta do cara, vai dar o crédito? Não tem histórico, não sabe direito, vai cobrar as piores taxas, porque ele tem que fazer isso mesmo. Ele tem um custo operacional altíssimo e um desconhecimento praticamente total dos novos correntistas que estão ali estão chegando. Isso acabou porque no ambiente de open Banking e um a um novo banco, uma nova fintech, um novo entrante no mercado, qualquer que seja o formato que ele vai entrar, até porque o open Banking vai possibilitar que o seu sistema é de RP, seja uma financeira, o seu sistema Agronômico, seja financeira ou qualquer coisa, vai ser financeira agora, como o open banking porque é isso é. É essa empresa, essa situação, esse modelo de negócio ou nascer novos modelos de negócios? Não tenha dúvidas disso e isso já está acontecendo na Inglaterra, onde o open banking já está mais antigo. Mas aqui a nível macro, imagino o ambiente de concorrência positivo que se criou com base nisso, porque um dos principais ativos dos bancos mais tradicionais e antigos eram suas informações. Esse não é mais o principal ativo desde que esse cliente produtor autorize ele passar o histórico inteiro que ele tem com aquele banco. Olha que sensacional. Do ponto de vista de uma ocorrência, porque se eu, quando eu estou no Mercado Livre de concorrência, quanto mais a atuantes, né? Quanto mais gente atuando nesse mercado, mais ofertas eu tiver. Melhores vão ser os serviços menores tendem a ser as taxas a ver nos próximos anos, mas eu acredito que isso vai acontecer.
Gabriel 32:07
Eu estava pensando com a minha cabeça de veio aqui o Daniel e eu estava lembrando de um negócio que talvez eu, eu e o Jonas vamos saber. Não sei se japonês vai lembrar, né? Cima negócio do cheque, né? Vamos lá, o cheque já é um negócio velho, né? um movimento que eu lembro que os bancos não gostaram nem isso, mas não lembra quando? Teve uma lei que saiu que a pessoa podia, por exemplo, eu. Eu tinha conta lá no Banco do Brasil a 10 anos, e aí eu abri uma conta no Bradesco. E aí eu peguei um talão de cheque no Bradesco. Eu poderia colocar ali no cheque, porque lá no cheque tinha, né? Tipo, é cliente bancário? Desde tal data, Aí, e cada banco tinha a sua data, cada banco tinha a sua data. Aí, num determinado momento para frente, a pessoa podia exigir. Não, não, eu sou cliente bancário desde 87 há o cara abrindo uma conta lá em 99 sei lá, 2000 há, não, não, mas tá lá, é desde 87 lá no Banco do Brasil, aí o banco Bradesco era obrigado a colocar aquela data ali, né? Porque o cara era assim assim. Esse negócio é antigo, né? Assim esse negócio do cheque. Mas é um movimento parecido assim, né, tipo ó o dado é meu cara.
Jonas 33:38
E isso aí comprova o quanto essa informação era fechada, que essa data já era uma uma informação relevante na época, sabe? Sabia que essa data era relevante, então, quanto de informação que tinha fechada, né? Então, é o assim realmente foi uma revolução e para o agro isso caiu no sim, isso tá indo numa hora muito boa, que a gente tá falando dele, né? De é de recurso, né? De financiamento, porque, claro, você é um movimento bancário financeiro geral, né? Como eu estava falando Daniel para mim, para ti, para qualquer tipo de. Negócio, mas a gente veio aí vendo como é que foi a como foi ascendendo assim essa mudança de crédito é público para crédito privado, é entendimento do risco pelas outras instituições e tal? E agora o troço está sendo coroado pelo open banking que. Amplia mais ainda a base de de né, de gente que vai oferecer recursos e diminui mais ainda o risco? Como eu estava falando, como é que antes eu ia oferecer uma taxa se não sabia nem que era a pessoa, né? Assim é a agricultura. Tem risco que esse negócio de agricultura é, tem risco, tá? E esse cara aí sabe plantar, eu sei, e tem colhido ele está conseguindo dar certo nesse negócio, ele já está há muito tempo é já era um Monte de questionamento, o que acontecia, né? E aí, o que ele faz com o dinheiro dele? Ele não sabia também, então agora isso tudo foi se juntando, né? A gente chegou num momento, é bem, bem interessante mesmo. É, parece que deu tudo certo. Assim chegou na hora certa. Quando começou. Se precisar de mais dinheiro, isso também aparecerá junto para ajudar, né? Aa essas Fontes aí é ser mais fácil.
Vinheta 35:17
Gestão rural é o podcast que facilita o entendimento sobre gestão de fazendas.
Jonas 35:25
abrindo o nosso segundo bloco aí pensando sobre aquilo que eu estava falando, né? Então, dessa facilidade de não é da da, de de ter essas informações e dessas mudanças do crédito e tal, a gente está sempre falando de gestão aqui tentando. Né mostrar para o produtor o que quer à gestão, né? Essa organização dele impacta tudo, né? na renda dele, é no jeito que ele pega crédito e tal. tu trabalhando já em uma fintech e já né , nesse modelo, mas outros já conseguem enxergar. que o produtor que realmente tem uma gestão organizada e que sabe esses números. Ele está já conseguindo ter uma vantagem com relação a essas taxas. A oferta de crédito a ter mais é facilidade para isso.
Daniel 36:17
Boa. Excelente pergunta, porque é aí que a gente entra, né? Porque quando a gente fecha agora, análise só para o agronegócio, só para agricultura, crédito rural a gente já sabe, né? Jonas, que não são necessários só indicadores financeiros para avaliar o risco de um crédito rural, eu preciso dos dados agronômicos. Eu preciso saber o nível de organização desse produtor. Então, dentro dessa perspectiva em relação aos dados produtivos, de estoques operacionais comerciais, né? Enfim, de clima, né? Todo mundo usando bastante os dados de clima também para, né? Definir risco desses desses produtores estão a Acreditares é exatamente isso, ele até pegando um pouco do grande sua pergunta, né? A gente se considera até uma techfime e não uma fintech, porque é o nosso modelo de negócio, é exatamente isso, né? A gente desenvolveu uma plataforma que se chama agro Open Banking não é onde o produtor, com um cadastro único, consegue ter acesso a mais de 10 instituições financeiras parceiras da Acreditares. Ou seja, a gente não tem o dinheiro próprio, né? A gente leva esse produtor para os nossos parceiros financeiros, que são de extrema qualidade. No Brasil, o banco de varejo, banco de atacado e também fundos que fazem operações estruturadas e se beneficiam, vamos dizer assim, dessas informações que o produtor já está compartilhando dentro da plataforma ago open banking. Que além das informações financeiras, ele também compartilha na plataforma os dados agronômicos. A gente também faz a checagem do do compliance socioambiental, porque também é um dado relevante do ponto de vista do do , do da análise de crédito do no rural e também os dados comerciais, aí e operacionais então dentro dessa perspectiva, a gente traz um pouco do que é o open Banking, que é em relação à financeira, se complementa com esses esses outros silos de informações que são necessários. Para que os agentes financeiros do outro lado tenham a nita noção, quem é esse cara que, como é que foi? A produção dos últimos anos dele? A receita, a caixa e os indicadores, né? Que são gerados, né? Poxa, quanto que foi a geração de carga dele versus a dívida, das quantas caixas ele tem é é quantas dívidas? Desculpa, quanto é, qual é a relação entre a dívida e quantos caixas anuais ele precisa fazer para pagar toda a dívida. Isso tudo gera um Race na plataforma, vamos dizer assim, onde vamos dizer ao agente financiador que está plugado no Na Na Acreditares. Ele tem mais informações para tomar a decisão. Só que aí é o seguinte, para o produtor entrar na acreditar, existem duas formas, não é? Ou ele vem do sistema de gestão dele, ou ele vem de maneira manual, não tem problema nenhum. A gente faz o enchimento manual, na plataforma, desde que se tenha os dados confiáveis e aí dentro das perspectivas que você está me perguntando é, e o produtor que não tem esse dado organizado e que não tem esse histórico bom, aí a notícia, é o seguinte, comece já, né, se não tem. Comece já. Se organizar é para, para, para, para esse novo momento do crédito rural é se esse ano está um problema pegar o recurso oficial. A gente não sabe o que vai acontecer no ano que vem também. Então, poxa, se eu já sei que o crédito está cada vez mais privado, se eu já sei que os mercados estão cada vez mais voláteis, com riscos totalmente determinados, é a pandemia, aí vem a guerra, aí vem, né? Aí vem o câmbio aí não. Isso não vai acabar né.
Gabiel 40:04
Varíola do macaco.
Daniel 40:06
Então, dentro dessa perspectiva, você não tem essa gestão de riscos. Se eu não meço as minhas informações comerciais, operacionais, produtivas, não é só para a questão de crédito, é para a questão da sobrevivência do negócio como um todo, né? Então, dentro dessa perspectiva, é se eu tenho isso sob o ponto de vista de negócio, ótimo, porque eu já vou transferir ou eu vou empacotar isso Num Num, num, num formato para crédito e já encaminho e agiliza a operação, né agilizo? É timing, né? Alguma coisa importante de ter as informações na ponta do lápis é timing, não é? Então assim, O cara, primeiramente vai começar a ter os piores, as piores condições de crédito, por não ter as informações por não ter as informações. Então, as piores taxas o prazo limitado o limite de crédito, muito ainda definido pela garantia real que ele tem, é isso, numa primeira instância, em uma segunda instância é o seguinte, eu não tenho as informações organizadas. Eu preciso do crédito para o mês que vem. Potencialmente eu não consigo liberar esse crédito de 100% porque não vou conseguir montar o projeto em tempo hábil para conseguir esse projeto. Então hoje, dentro do mercado, vamos dizer assim, é praticamente os bancos que a gente trabalha hoje. Lógico, tirando as linhas de recursos oficiais que ainda existem e eles são importantes, em especial para investimento, que é uma coisa que eu tenho dito aí nas Lives e onde eu tenho participado, porque essas linhas de investimentos, o mercado. Privada ainda não conseguiu avançar nela. É créditos de longo prazo, via de regra no Brasil, independente de agro ou outro setor, é difícil o mercado que vai fazer por conta exatamente essas incertezas que o Brasil apresenta anualmente, né? Então, essas linhas de mais de 5 anos, 10 anos para pagar e todos propagar. É, é isso, cara, é na indústria é assim, no agro tem que continuar assim também. Agora o custeio, né, que é a parte importantíssima do do do negócio, está cada vez mais privado. Está cada vez mais privado, é preciso demais de organização para que, para que os caras conhecem bem o meu risco e eu não é, faça e mais, vou descer em um custo de capital muito alto. Porque, poxa, se eu levo prejuízo na lavoura, depois eu pego a taxa de juros mais altos, depois eu vou num acompanhar as informações de mercado, tomou no preço, cara, vai ficando difícil. A questão operacional é que tudo tem uma origem cara. O PDCA não é, já que a gente está falando disso, não? Eu adoro PDCA né? É, eu vou lá e planejo, o P né Depois eu faço que é o D inglês do, depois é eu vou lá e corrijo, é desculpa depois eu vou lá em meço e depois eu vou lá e corrigiu, né, que é o A então é o planejo, faço, meço e corrijo então poxa, para eu ter um bom planejamento e eu tenho que ter boas informações e por que estou? Puxei esse assunto do planejamento. Porque o crédito nasce no planejamento da próxima safra. Quanto de área vou plantar? Há, vou plantar 1000 hectares. Quanto que está para plantar 1000 hectares? Sei lá, 7000 reais eu vou gastar sete milhões de reais eu. Tenho sete milhões de reais do caixa. Geralmente não vai ter. Vamos porque eu tenho 3000000 então é preciso no mercado pegar quatro milhão de reais aí de pegar o quatro milhão de. Reais tenho dois caminhos, se o cara está bem organizado, se tá lá na plataforma global de desorganizar a gente em 15 dias ele é faz uma proposta em 30 dias, liberou crédito? Isso é um caso real, tá? Isso aqui, obviamente que pode ser um pouco mais um pouco menos, mas você quer um caso real? Pô, isso é muito rápido, tá? Agora, se eu tenho, se eu preciso de quatro milhão de reais, eu já fiz a cotação na minha revenda nos parceiros que eu quero comprar sementes, fertilizantes, defensivos, é e aí eu puta cara, agora eu vou ter que organizar o quadro safra puto, cadê o imposto de renda de 2018 cara, se for nesse time, aí os 7000000 podem ter virado 8 mil depois de 40 dias e eu acabei de levar 1000000 nas costas só porque eu não organizei os dados e o meu planejamento?
Jonas 44:20
A primeira coisa que ele vai pro final da fila, que não está organizado, não é, ele vai lá para o finalzinho da fila e fica esperando para ver se quando chegar na vez dele não é. Como é que vai ser um negócio? Tem tem, né, tá lá na fila do bufê lá, pô, será que tem ainda aquela carne? Essa não tem mais, agora não tem mais, a carne tem que pegar o que tiver vai, até o almoço tá aí na hora que tu vai ter que dar um jeito?
Paulo 44:45
Só vai ter arroz e farofa no final Jonas.
Jonas. 44:46
Vai ter que dar um jeito de almoçar, almoça o que tiver.
Daniel 44:47
E esse ano foi emblemático né cara, O mercado de fertilizante, não é cara uma decisão errada? Esse ano levou o cara levar nas costas uns 30 % só de fertilizante, entendeu? Então olha importância de tipo, eu já tenho tantas variáveis de riscos para mitigar, mercado de fertilizantes que variam mercado da soja, que variam câmbio que varia, né? Poxa, se eu não tenho minimamente uma organização, né? Só do ponto de vista de informacionais para botar um projeto num crédito privado, vamos dizer assim, né? É, poxa, eu estou botando mais um risco, eu estou adicionando mais um risco que é de não ter o dinheiro na hora exata que eu quero comprar o insumo.
Gabriel 45:28
Exato. é que assim ó o que está na minha mão eu tenho controle, aí eu não controlo É?
Daniel 45:34
Então, aí está o grande link entre gestão né organização das informações financeiras e o meu resultado final? Porque se eu levei 1000000 só em fertilizante? Cara, eu já impactei diretamente o meu resultado final. Eu nem nem comecei o plantio ainda, mas já sei que já estou. Já andei 3 casas atrás né?
Jonas 45:53
E é essa flexibilidade de poder de poder na hora resolver assim, só, resolver e ter acesso, não é? Olha o meu fluxo. Não estava pensando nisso aqui, mas, pô, esse ano fiz exame, mudou totalmente aqui e nesse momento eu vou precisar desse dinheiro, né? E se eu comprar agora eu vou ter um ganho, mesmo tendo, né? Mesmo sendo financiado, mesmo tendo um que pagar um juros lá, eu vou ter um ganho e tal e só que não, não consegue, não tenho tempo. Eu acho que a tendência dese teu tempo aí, que tu tu citou, né? Aham, Daniel é de cada vez. Reduzindo mais, né? Porque à medida que vai se entendendo, as informações vão chegando melhor, né? Estou plataforma, vai entendendo também elas de forma, né? Mais rápido, né? Melhor é isso, tudo vai, deve, deve, deve chegar aí nesses 15 dias. Em seguida, já foram 15 dias de liberação, não de preparação, né?
Daniel 46:45
É, na verdade é o seguinte, a gente está se preparando sinceramente tal no caso dos nossos clientes, nós estamos preparando isso também. Há um alinhamento. É, tem que ter um alinhamento com os agentes financeiros, não é? Mas isso na jornada a gente vai organizando, que é. Eu quero. Vamos dizer assim, estava. Está pré-aprovado, limite, pô, o cara está organizado, tem as informações, tem um documento, sempre, está pré-aprovado, foi até legal que em julho aconteceu um caso bem legal porque alguns bancos aprovam o limite global do produtor, né? Hoje a gente trabalha com eles, então o produtor aprovou lá em abril um valor em dólar, tá? Ele foi lá, e, estava esperando o crédito de um outro banco em reais, do do plano safra não veio, né? Esse recurso não veio. Daí pegou uma parte do que a gente já tinha aprovado. A gente aprovou e deixou lá para ele. Foi lá, pô, fertilizante, bateu certinho que ele queria, não é? Enfim, as sacas, por toneladas, as sacas por hectare de fertilizantes que o produtor gosta de fazer pão assim vai lá e faz teu dinheiro estava na mão, né? Foi lá e fez, né? Porque a revenda segura assim que 6 dias isso ninguém, ninguém vai perder negócios por conta de de sete, uma semana. Isso é tranquilo, não é? Aí, bom fez isso. Aí passou agora, aí e esse dinheiro tá lá, né? Estava lá. É 1 ano que fica a aprovação, geralmente não é. Aí, precisou de um, teve uma oportunidade de mercado lá, tal negócio de uma máquina, o dinheiro estava lá de novo. O que aconteceu? Feito, então assim é isso, né, Jonas. ai é o seguinte, é o timing de formalizar a operação porque a garantia já vai tá ok o limite já vai ta aprovado, esse caso que eu falei até o seguinte do cara ainda é o que eu falo assim, esse esse caso que eu citei é o do cara até dar tempo, né? Porque hoje, com alguns parceiros, é financeiro, a gente já consegue garantir uma esteira, praticamente 100 % digital, né? Ele começa digital e para assinar contrato abre Conta Digital, né? Então com esses parceiros, tá? Ficando muito bom. A gente tem um país, bancos de varejo, que aí demora um pouco mais o seu. A isso e alinhado com o produtor. Por isso que a gente gosta de fazer o planejamento, já que tem que fazer o planejamento dessa gente, faz o planejamento financeiro também do produtor, seja, vamos já abria os limites e já tudo OK aqui que aí a hora que precisar eu não vou mais precisar de 30 dias. Vou precisar de 7 dias, vou precisa de 10 dias, entendeu? Porque ainda são valores altos, ainda vai depender de cartórios, então tem esse time ainda, né? Mas a esperança é que no futuro né isso. É o começo da jornada, não é? É que no futuro a gente não dura nem 2 dias. Vou fazer isso aí, não é? Mas a gente chega lá.
Jonas 49:24
Esse nome, cartório. Aí também, né? Que já é outro.
Gabriel 49:29
Podia sumir também isso aí né.
Jonas 49:30
Tá ficando no final da cadeia, né? Ele está forçando? Ele está forçando, não está forçando a digitalização dos processos, está muito lenta comparada com tudo que tá acontecendo né, o cartório, a figura.
Gabriel 49:41
eu tenho que ir lá no Cartório para o fulaninho dizer que eu existo, que eu sou eu, só o Brasil mesmo.
Paulo 49:49
Você estava falando desse negócio aí Daniel estava lembrando do aplicativo Nubank? Né pra você entrar lá, você já tem o seu limite pré-aprovado, né? Você só precisa mudar. A setinha, só mandar a setinha pra frente lá..
Gabriel 49:59
Cara, é verdade, eu uso.
Speaker 2 50:01
15 pau, eu ponho lá que me limite de 15 pau se eu quiser, né, cara? Então uma hora vai chegar nisso aí, né, Daniel?
Daniel 50:08
Sem dúvidas? Isso é crédito pessoal, né isso. Já existe no Brasil no pessoal, mas são valores menores né aqui, não é? É, é aqui, no aqui, no agro. Aí nós estamos trabalhando com barulho 100000000 né? Geralmente os nossos perfis de clientes são milhões, né? É assim tão aí aí aí quanto maior o valor, mais exigências né isso, não é só no agro, em qualquer setor, não é o banco que vai te emprestar 5, 150000 diferente, quando ele vai emprestar para 15000000 né? Ele vai querer saber um pouquinho mais de você.
Jonas 50:40
Até a mudança, né? A mudança das garantias lá eu acho que já ajudou também, né de não precisar estar tudo empenhado numa coisa só. Acho que já já dá uma ajudada, Mini sempre.
Daniel 50:50
É por isso que hoje está todo mundo pedindo para esse rumo, não é? Você aprova um limite global? As garantias já ficam um guarda-chuva, alguns falam, não é guarda-chuva que aí você não precisa ficar discutindo. Garantia por operação cara, você tem um limite aqui comigo, né? Vamos supor assim, hã? Eu abro a sua conta, eu Identifico o seu rei Tim, já vou, já vou te dar uma ideia da taxa de se você tem dacordo com o seu perfil e cara, você tem aqui comigo x bilhões para você usar do jeito que você quiser. É investimento, e custeio. Capital de giro né esse é o caminho, tá? Esse é o caminho. Boa parte dos bancos já fazem assim, E para eles era para o banco. Até bacana, não é porque eles também pegaram maneiras, asseguram. Negócio da garantia se a gente tá falando que cada vez o mercado estava competitivo, aberto em relação aos dados, né? O banco também tem que ter o ser utilizadas estratégias para assegurar esse cliente e não só o relacionamento.
Gabriel 51:45
Em Daniel tu. Falou agora bastante sobre Creditares e tal. Só para para, para a simplificar na cabeça da da galera. Assim, o que é que Creditares, né? É. É Creditares é. É mais ou menos um decolar ponto com, do crédito, assim, tipo, eu, digo eu jogo os dados lá e e e, eu vou ter várias propostas, é mais ou menos isso aí.
Daniel 52:16
é isso aí, né? de novo um pouco diferente.
Gabriel 52:19
Não é que cara. Quanto mais simples for pra pessoa entender lá do outro lado Eu não estou rebaixando Creditares nné? A importância da Creditares eu estou simplificando Creditares eu quero que a pessoa entenda lá do outro lado que é assim, ó, o que que, o que que vai exatamente acontecer? E comparar com algo que já está a bastante tempo no mercado e que é simples de usar, eu acho que é um jeito mais fácil, né, é igual o pessoal falar, é o Netflix do agro, é o Uber. Não sei o que eu estou tentando fazer. Uma correlação com algo simples assim que eu jogo uma informação e recebo várias de volta, não é?
Daniel 52:57
É, deixa eu tentar te ajudar aqui, assim, o nosso lema é o seguinte, deixe de correr atrás de dinheiro. É, e agora o dinheiro vai correr atrás de você. Então, sem sair da sua fazenda, você pode ter mais de duas, três propostas de crédito de várias instituições financeiras do Brasil. Não só aquela, estão na sua região, né? Que vão elaborar propostas de acordo com o seu perfil. E com é produtos diferenciados, custeio com mais de 1 ano de papagaio de recursos em dólares em reais e o mais legal disso tudo é o seguinte, o processo com os bancos, seja ele digital, ou seja, ele manual, é todo com Creditares. Então, se eu estou falando que esse produtor moderno está com desafios cada vez maiores, é com preocupações cada vez maiores e a gente sabe que boa parte dos nossos produtores médios e grandes ainda tocam a operação. É deixar com a gente essa parte de crédito. De fato, não e a gente entender em conjunto as necessidades e coletar as informações que o resto acreditar em si faz tudo de maneira ou tecnológica ou manual. A gente vai fazer para levar as melhores soluções no timing certo para o produtor. Então vamos dizer assim, que Creditares é um shopping de crédito para o produtor rural, aonde ele vai, obviamente quando as suas informações são colocadas ali recebe uma série de propostas de várias instituições financeiras. Com várias soluções de crédito, mais do que mais do que pegar, é mais do que as opções de crédito. Agilidade na obtenção desse crédito, a Creditares assim, não a gente ter está desenvolvendo uma área do produtor onde ele vai ter um cockpit, é um uma tela, mesmo com todas as suas informações ali é de como tá a sua exposição de garantia, como é que está o seu endividamento? Como é que estão seus indicadores? Ou seja, é o espelho, né, do produtor. Do ponto de vista financeiro, então vai um pouco até além do shopping de crédito, que eu acho que é a uma das grandes vantagens, mas em especial o produtor se conhecer e com base nesse conhecimento, evoluir, né? É só do ponto de vista de gestão financeira e dados, porque quanto mais ele evoluir, melhor serão as condições de crédito dele nesse novo cenário de mercado, cada vez mais privado, porque assim uma coisa é eu apresentar o né? O dashboard. Produtor, ele faz bicho, não estou legal, mas e aí? Não é? Qual é o próximo passo então aí nessa ideia, a gente também quer pegar a mão e falar assim, vamos juntos nessa nova jornada? É um novo cenário, mas você não está sozinho.
Gabriel 56:01
É a questão da banca, habilidade, aquela tipo, olha, cara, exato. Como é que o banco está te enxergando? E como que tu pode melhorar, né? Como que ele queria te enxergar? Como que seria bem bonitinho para ele assim, e tu tá assim? Então vamos lá, vamos botar um batonzinho aí, fazer uma limpeza de pele , né?
Daniel 56:22
É não é, assim? Né é Gabriel. Não vão pensar assim. Hoje, o produtor está ali, poxa, vamos, vamos apurar o resultado da safra, não é, poxa, naquele talhão eu produzi quanto né? Qual foi a produtividade? Quais foram os problemas daquilo lá? Eu vou ter que corrigir melhor o solo ou a operação não ficou legal, bom, isso aí é parte do negócio. Imagine você o seguinte, na sua gestão financeira, qual é esse balanço desse tipo de indicadores? Você olha e com Creditares você pode ter esse tipo de informação e começar esse tipo de discussão. Espera aí, como é que está o meu capital aqui? Quanto de capital próprio, quanto? Capital de terceiro, tendo esse capital de terceiro, como é que tá? Aa como é que estão as minhas dívidas? Como é que está o benchmark? Ou seja, a comparação da minha taxa de juros com a dos demais produtores?
Gabriel 57:14
Desde que o que tu falou ali atrás, né? Desde que o cara comece a se organizar para ter esses dados pra que a Creditares ajude ele, né? Porque se não.
Daniel 57:25
O primeiro passo, os dados e documentos. Né que acreditare e já traz boa parte deles já automaticamente. Por isso que a jornada já começou. Diferente, né? E por isso que o nosso propósito é transformar a jornalista mais de crédito.
Paulo 57:48
O Daniel, você falou bastante ali atrás dessa questão. O cenário da economia não é muito instável e tal e questões mais de longo prazo não são empréstimo mais de longo prazo, já são um pouquinho mais complicados isso aí. Mas assim, pensando nessa questão, néna verdade, pensando na perenidade do negócio, não é do negócio rural. Na verdade, a gente tem uma coisa que a gente briga bastante aqui, não é? Gabriel e Jonas, é . É para a perenidade. O que a gente tem feito aqui no podcast é justamente a gente, é isso que ele está falando, que agora a gente fala todo episódio e a gente não vai cansar de falar, né? Quer dizer, bicho, você tem que começar, vai logo, cara, já está atrasado, você não tem já está atrasado. Como produtor rural, o que ele precisa fazer, né? Para ele, se manter competitivo, pensando que esses cenários eles não tendem. A essa instabilidade, ela não tende a mudar e no curto, médio prazo, não é cara. O que que você quer que você possa falar pra gente em relação a isso, cara?
Daniel 58:50
Cara, eu acho que é o seguinte, cada vez mais cada, a fazenda, ela tem que ser tratada como uma empresa, cada vez mais tá? E aqui, sem criar nenhum paralelo, nem julgar, tipo hã, é pegando de proteger o produtor, se está certo ou se está errado ou da forma que está hoje ou não. Tá, mas aqui é mais o talvez uma opinião de quem estuda e trabalha no setor e é nessa área faz muito tempo do que do que qualquer coisa eu eu tenho uma visão assim, tá? Eu acho que o produtor tem sempre 2 negócios. E quando não há um entendimento claro disso, é, algumas coisas podem ser feitas de maneira equivocada, das quais são os 2 negócios. O produtor tem um negócio, 1 que se chama imobiliário, aquele que tem área própria e o negócio dos chama agropecuária tá? Então ele tem 2 negócios, um que é imobiliário, que um dia ele, inclusive, pode ter um ganho de capital do investimento imobiliário que ele fez nos anos passados. Vendendo a área, tá? Caso ele queira, caso os sucessores queiram, isso é um negócio imobiliário, não é? E ele tem um negócio agropecuário que é, ao todo, a operação agrícola dele, tá? E pensando dessa forma, seja o negócio agropecuário, tem que ser uma empresa, não é um negócio imobiliário, é outra coisa. Enfim, tem muita gente se organizando, né? Inclusive a até até o negócio imobiliário tá virando empresa antes do agropecuário, isso muito tem acontecido, né? É a história da governança da sucessão. Sim, né? Mas assim, independente de ser esse cara vai virar PJ ou não? E é essa pegada que ele está dando Creditares cara mesmo que você não vire formalmente um uma pessoa jurídica, tenha gestam processos e pessoas como se fossem, porque se a gente está falando de gestão, se a gente tá falando de mitiga risco, nós estamos, nós estamos encarando então essa operação agropecuária como uma empresa que tem que ter os setores administrativos financeiros com bastante gente. Cara, é Paulo, vou te falar, vou te compartilhar uma coisa legal. Eu trabalhei muitos anos no IMEA, não é? Você sabe disso. A gente comentou aqui, mas acreditar ainda está dando uma oportunidade. Agora falando nada a ver dá do que acreditaria, faz que é ti conhecer o produtor, os produtores e os negócios deles. Cara, eu estou impressionado, assim que a gente tinha, né? Uma visão, poxa, o produtor não tem estrutura e é pago, assim cara, é os produtores que têm uma proporção maior de arrendamento, tipo tem 70 % da área arrendada, 80% até 100 % da realidade. Eles tocam o negócio assim, administrativo e financeiro, com 20 pessoas gerenciando plataformas de plataforma no campo, plataforma de clima, plataforma de gestão cara, isso está acontecendo. Isso é real? Então se tem um cara fazendo isso, ou seja, tocando um negócio, como uma empresa, porque de fato é que ele tem pouca área própria, o cara que tem área própria está sentado ali, fazendo o conto em sacos. Tem que dar uma despertada, porque o concorrente dele aqui está, que que tem uma margem mais apertada, porque tem que pagar arrendamento. Ele já está tocando o negócio com uma estrutura pesada. Por que eu estou falando isso depois de nós? Utada não é de de de, de como fazer, não é de olhar para o mercado de tomar decisões com base em dados de fazer gestão. Se ele não deu uma estrutura dentro da da operação agropecuária dele, que permita fazer isso. E um dos problemas até dó do pessoal que que tem software não é isso? Até pegando um pouco do que da minha experiência de agredir o bi, é a boa parte da do insucesso de software dentro da propriedade. É que geralmente não tinha uma pessoa para fazer o preenchimento das informações. E olha que eu tô falando, pocha. Então, para eu ter o não veio o software. Primeiro, a primeira vem de um processo, eu tenho que ter uma pessoa que toca esse processo para depois ter a ferramenta, então isso nós estamos falando da empresa, então. Como é que o produtor se mantém no cenário competitivo, se estruturando para isso se estruturando? Para isso, é entender que ele tem 2 negócios e o que o negócio agropecuário é uma empresa que precisa de gente que precisa de estrutura, que precisa de software e que precisa de gestão e que precisa de dinheiro cada vez mais e que dentro dessa perspectiva. Nós estamos vindo de cenários bons, de preços de de mercado, mas se vier algum problema no futuro, eu, isso eu seja resiliente, é porque eu fiz tarefas de casa estruturais no sentido de estruturar não só toda a minha operação agropecuária, que trouxe todo o mundo até aqui, mas também a minha operação d’um extrativa financeira com seriedade, com pessoas competentes, com processos e com as ferramentas que são necessárias para tomar a decisão, porque sem esse tipo de coisa aí é aquela correria do dia a dia. O cara tem que olhar a lavoura, o cara tem que olhar o preço, o cara tem que olhar a taxa de juros, o cara tem que olhar tudo e aí não dá conta. Delegar ter pessoas é o único caminho para você mudar um pouco, fazer diferente do que a gente está falando de gestão e o que eu estou impressionado nesses é quase um ano agora que eu estou na acreditar,es eu estou visitando muito produtor é que tem muita gente já fazendo isso e eu achei que eu achei que isso não existia. Então eu acho que assim, mais do que nunca, o cara que ainda não fez isso ainda não tem um setor bem organizado. Administrativo financeiro o governo está exigindo cada vez mais. Ele quer ver a nota fiscal. Ele quer ver o livro caixa digital. Isso aqui é só obrigações, caras acessórias fora todo o planejamento, fora todo o financeiro, fora todas as decisões de mercado e de crédito. E se eu não tiver alguém aqui pra me ajudar, assim como eu tenho na lavoura, seja através de serviço como Creditares como a SCADIAgro ou seja, através de uma equipe interna que de fato vai é levar, assim, tocar o barco dentro da operação, apresentar os números para o produtor tomar decisão. Sem isso, dificilmente esse país vive no mundo competitivo porque eu tenho concorrentes que já fazem isso e o mercado está cada vez mais complexo.
Paulo 01:05:22
Legal, cara, pô, eu. Eu, particularmente , curti demais esse episódio justamente porque conversa com tudo que a gente fala aqui, não é gurizada. É essa essa organização, ela puxa, é e. E eu fico bem feliz, na verdade , até porque o perfil do produtor que chega até você já deve ser um perfil diferente, né? Obviamente é Claro que você está vendo, é sob uma perspectiva, não é bem privilegiada, né? Mas saber que isso existe. Quer dizer, saber que isso existe é o primeiro passo para quem não acredita que existe. Então, eu acho que isso aí ficou bem bacana, né cara
Daniel 01:06:10
É não é mais do que isso, não é Paulo é tomar a decisão de investimento, né cara, é eu eu eu puxei esse gancho aí.
Jonas 01:06:17
Investimento tem, gente.
Daniel 01:06:19
Eu puxei esse gancho aí do dos anos bons, porque assim é É um dia sim. O problema principal do da perenidade, já que você falou de perenidade, né? O problema principal da perenidade, não é? Quando, tipo, a safra por quebra quebra? Se o cara tá bem estruturado, ele não vai, ele não vai sair da atividade, entendeu? Agora, num ano bom, eu pego um bolo de caixa, e tomo decisões erradas, isso sim. Não garante perenidade.
Gabriel 01:06:51
Compra um avião.
Daniel 01:06:55
É, e dentro dessa perspectiva. Será que eu preciso comprar mais 5 máquinas? Talvez, se eu me estruturar um pouco melhor, o meu administrativo, a, os, a minha tomada, a decisão com base em dados, gerar mais dados, contratar as plataformas, será que não faria mais sentido? Do ponto de vista medido, médio, longo prazo, isso é é do que do curto, entendeu? É esse tipo de tomar a decisão que, por exemplo, um cara que está arrendando hoje, ele está preocupado porque ele está no limite ali de de de né, de não fazer o caixa, então o cara não tem bem Organizadinho, o que que ele é aonde, que ele está, para onde que ele vai, né, cara? Dificilmente eles se mantêm. Então o produtor que ainda não faz isso. É um momento legal, não é um momento legal de mercado, é um momento legal de investimento. E é isso . Como você falou realmente hoje eu tenho uma visão um pouco mais privilegiada, que eu acho ótimo, porque eu tinha a visão sempre do todo, né? E agora eu tô vendo exatamente o contrário e isso sinceramente fala, não tem nada a ver com o tamanho de produtor. Eu já visitei produtor de 1000 hectares tá muito estruturado, entendeu? Do seu ponto de vista, tem equipe, tem escritório na cidade. E então é isso.
Paulo 01:08:11
A mas é tão legal comprar uma camioneta zero pagando em saca.
Gabriel 01:08:18
A é legal, né, cara
Paulo
pelo amor de Deus, ta acabando com a graça!
Daniel 01:08:24
Mas cabe viu, dá pra fazer tudo, viu?
Gabriel 01:08:26
Em Daniel e tu tá olhando do ponto do ponto de vista do Mato Grosso, né, do centro-oeste, mas assim, ó, a gente tem a nós na escala de água, por exemplo, a gente tem cliente com o software de gestão, não é com menos de 100 hectares de área cara entendeu? Então assim a gente tem cliente aí.
Paulo 01:08:44
E bem financeiramente, né.
Gabriel 01:08:46
Lógico a gente é o que o Daniel está falando, não é uma questão de tamanho, é uma questão de mindset cara. É uma questão de cabeça, é jeito de pensar o negócio. Então, e tudo isso que a gente falou aqui é, tem só a ver com o negócio, não tem a ver com o tamanho crédito, qualquer tamanho de negócio vai precisar mostrar, provar que é um que é uma. Empresa saudável para pegar o crédito, qualquer tamanho de propriedade vai precisar e tudo isso precisa, não é da organização.
Daniel
Só pra vocês terem uma ideia, né? Tipo, eu estou rodando bastante e muito produtor me pergunte, o que que é o CRA Daniel? Todo mundo quer saber, né? Poxa, o que que é o sindicato de recebíveis do agronegócio? Como posso me beneficiar? Como é que eu pego isso, né? Todo mundo tá CRA, CRA, CRA, CRA, CRA e aí eu acho legal isso porque a gente né Tem esse trabalho também educacional, de mostrar os produtos, enfim, como é que é utilizado os valores, né pocha, né? Então, se você quiser estruturar uma operação, tenha um valor maior para justificar o custo de um CRA, você pode pegar umCRA, né? Mas aí, por exemplo, eu levando para o que eu escuto lado dos meus parceiros financeiros. A primeira, olha que interessante, a primeira pergunta que eles fazem é `Tem Balanço DRE esse produtor?” a segunda é “ Tá ocultado?” entendeu? Então, assim, se o cara quer se habilitar para ter o CRA, então ele já tem que saber.
Gabriel 01:10:12
É praticamente uma SA né, cara?
Daniel 01:10:16
Mesmo é assim, na prática, não é o que a gente tá falando, mesmo que ele queira. Então, poxa, e Minimamente ele tem que ter uma DRE, um Balanço para se apresentar ao mercado, porque o CRA é o mercado de capitais, então você tem que ser apresentado. Quem é você com seu sistema, se seus dados financeiros não é jogar o jogo do mercado financeiro, então é dentro dessa perspectiva. Assim tem novas oportunidades no crédito, né? Tá excelente, né? Tem vários novos produtos, o produtor pode se beneficiar disso, só que tem que tá preparada. Na oportunidade, sua análise para quem está preparado.
Paulo 01:10:50
Muito bom. Então, Daniel, cara, obrigado aí por você ter participado aqui.
Gabriel 01:10:54
Dava para falar mais umas 3 horas e meia, tranquilinho.
Paulo 01:10:57
3 horas, e é bom, tranquilo.
Gabriel 01:10:58
O cara gosta de conversar também, rapaz, eu conversei poucas vezes com o Daniel e nas poucas vezes que eu conversei ele parecia meio quieto. Agora o cara começou a falar, não parou mais. Aí gostei agora pra Mim falava até amanhã de manhã e tranquilo.
Paulo 01:11:16
É isso aí. Daniel, queria agradecer, cara, você por ter. Ficava aqui com a gente nessa sexta-feira fria, em Cuiabá, com a gente aqui, cara, então, muito obrigado por você ter participado. Espero que quem nos ouviu até agora, né, cara, tenha entendido mais o que é open banking? O que que acreditarias fazer E, cara, parabéns pelo seu trabalho, viu, bicho?
Daniel 01:11:41
Obrigada, obrigado. Eu agradeço, cara. Agradeço o convite. É e. E fico à disposição. Também é assim. Eu sou economista de formação, eu tenho muito orgulho também da minha, da minha profissão. Gosto de estudar, ler, então assim, por isso eu vou ao bate-papo de mercado, é de economia e de gestão, viu Gabriel? Aí é, a gente pode continuar conversando, entendeu?
Gabriel 01:12:06
Então, cara, eu queria aproveitar também para te agradecer aí, né? Porque a gente estava, inclusive numa reunião de negócios assim. É, e aí? Eu, antes de terminar a reunião eu falei, ó Daniel, tem um convite para te fazer aí, cara. Aí convidei ele na hora. Aceitou e falou, não, cara, vamos lá, vamos gravar e tal. E então, assim, eu queria te agradecer de coração para nós. Ooo gestam rural aqui o podcast ele é um projeto que tem o coração de nós 3 aqui a gente sempre fala gente, tem um carinho muito grande por esse, por esse episódio mensal que a gente tem aqui, né? E a gente sempre gosta de levar valor assim, de entregar valor. Através disso, aqui e cara, a gente nesses quase 3 anos a gente tem recebido feedback assim que é de sabe, de tirar a gente do chão assim, porque realmente a gente está ajudando através dessa conversa que parece uma conversa. É uma conversa informal, né? Sim, é um bate-papo mas que leva tanto valor, agrega tanto valor? A gente traz tanta gente boa, igual tu aqui e tal qu’à la no outro lado, a pessoa que está escutando agora que está assistindo a gente no YouTube. Ela teve um insight aqui, ela já, cara, pá, isso aqui, ó, o rumo que eu tenho que tomar é esse e cara, mudamos muita história já e daqui uns tempos a gente até tem que começar a trazer os estudos de casa que nem japonês. Sim, porque, cara, muita gente, cara, muita gente através do podcast mudou totalmente a vida. Do negócio, e a vida dela, porque produtor, está intimamente ligada, né? A vida pessoal do cara e o negócio dele, porque é um negócio familiar muito forte assim, e a gente sabe, né, cara, através da gestão.
Paulo 01:14:00
Os que a gente sabe né cara, imagina os sue não sabe ainda, né?
Gabriel 01:14:02
Mas assim, cara, obrigado mesmo de coração aí pela pela disponibilidade, assim, prontamente aceitado.
Jonas 01:14:12
Deixa eu falar agora, para não cair de novo a minha voz em cima de ninguém, aí, já que tem esse delay. É bom, é antes de mais nada agradecer o Daniel, porque eu acho que foi assim. Ele conseguiu trazer então a luz aí do do que que é o open banking? O que são as oportunidades de crédito também novas. Como que o produtor pode, né? Aproveitar esse momento , né? Do mercado de crédito? Quanto dessa revolução digital aí então, é sim, cumpriu totalmente com o que a gente precisava, né? E escutando você falar, eu estou fazendo uma retrospectiva aqui, 32 episódios e é isso aqui. Parece ser não, não sei muito bem explicar, parece que a gente está trazendo, é pessoas de lugares diferentes, mas todo mundo está falando a mesma coisa, sabe assim é o produtor, tem que conseguir. É, é. É captar de alguma maneira, porque a gente traz o cara do mercado de né? O mercado de crédito traz, o cara traz um economista que está mais focado, né em né, No No custo lá e tal, a gente traz gente de tudo que é lado e é sempre é assim, a gente consegue tirar das conversas muita coisa igual, assim, muita coisa semelhante, pelo menos é a base de né, de estar com tudo organizado. É tomar cuidado no investimento é, é, tá, é, tá, né? Em dia com as obrigações fiscais lá, né? E ter alguém para fazer isso, para te ajudar, né? Ter alguém para cuidar disso de verdade como uma coisa importante não ser um quebra-galho que alguém vai lá é um dia alimenta uma informação, anota no caderno, bota numa planilha outro dia, outro vem, já não sabe mais o que fez, não é? É ter isso de forma estruturada e todo mundo veio aqui e falou a mesma coisa, e o Gabriel falando ali do retorno do que esse podcast tá dando, não é É? Como está? Assim é o nosso, é o nosso pagamento, não é? Porque assim é isso, não é, um produto comercial a gente não está, não está vendendo podcast. A gente está se entregando nessa conversa informal aí e o nosso, a nossa remuneração é esse Monte de coisa que está acontecendo, que a gente tá, que a gente recebe, né? E como o Paulo falou? Quanto que a gente não recebe? A gente está vendo realmente as pessoas. Tem é, estão trazendo informação importante, estão ajudando a mudar a vida de muito Produtor e mais uma vez te agradecer e pode pode guardar aí que a gente vai te acessar de novo em algum momento aí pra, né? Pra vim de novo é propagar a palavra do crédito aí, obrigado.
Daniel 01:16:43
Poxa jonas você tinha que ter falado antes, aí eu ia guardar algumas histórias pra próxima. Eu estou brincando.
Jonas 01:16:51
quantas que vão surgir agora, tu nem sabe.
Gabriel 01:16:52
O japonês, o um negócio que eu achei interessante que o Daniel falou. É que ele falou que queria Creditares, pega informações de clima, inclusive e tal, eu acho que seria interessante ele ter lá um espacinho do negócio, aquele.
Paulo 01:17:12
Vou dar um boi para ele
Gabriel 01:17:14
dá a barbada para ele, para ele se diferenciar mesmo, vai.
Paulo 01:17:19
O Daniel seguinte, já que não é, envolve todas as coletas de informações, né? Eu sei que puxa lá. Chupa cabra lá OAPI não sei o quê. Aí tem a estação meteorológica, aí você vai chegar pro produtor e falar assim, ó, se chover não precisa molhar a horta aí não. Tá bom, e fica com Deus. Tchau, obrigada.