É inegável a relevância que o setor de agricultura tem para o Brasil. Ainda assim, sabemos que os produtores rurais enfrentam diversos desafios para se manterem dentro da competitividade do mercado. Justamente por isso, é fundamental saber controlar o seu custo de produção agrícola.
É preciso focar não somente na produtividade, mas também, nas tendências da gestão rural, pois a profissionalização do campo levará o produtor a melhores resultados e ao destaque no setor. Para ajudar você com isso, trouxemos aqui 4 dicas práticas para fazer esse cálculo corretamente. Vamos lá? Confira!
Por que é tão importante calcular o custo de produção agrícola?
Toda atividade agrícola está exposta a riscos — como variações do clima e do mercado — que interferem nos preços dos insumos e na demanda de grandes investimentos para produzir uma cultura. Como quem determina o preço das commodities é o mercado, a única varável sobre a qual o produtor tem controle, é justamente o custo de produção.
Assim, apenas ao considerar todos os fatores que atuam na produção da sua fazenda, como os insumos, a mão de obra, os financiamentos e o negócio em si, é que o produtor poderá prever lucros e prejuízos.
O que considerar na hora desse cálculo?
Uma vez que cada propriedade rural é única — por conta da cultura da organização, do nível de comprometimento dos funcionários, dos dados disponíveis, entre outros fatores — o cálculo do custo agrícola deverá se ajustar às necessidades de cada caso.
Vejamos, a seguir, o que avaliar nesse momento.
1. Separe os seus custos
Em primeiro lugar, é preciso organizar os seus custos de acordo com seu grupo de despesa.
Custos fixos e variáveis
Basicamente, custos fixos são aqueles que não mudam conforme a área ou cultura plantada, como a maioria dos impostos, a depreciação, a despesas administrativas e seguros. Já dos variáveis, alguns exemplos são a quantidade de sementes, os fertilizantes, os defensivos, combustível de máquinas, entre outros.
Contas a pagar e a receber
É importante, também, organizar o seu fluxo de caixa separando as contas a pagar, que são as despesas da propriedade (compras de insumos, gastos com combustível, impostos, energia elétrica e água, empréstimos etc.) e as contas a receber, que são basicamente os contratos de vendas das atividades cultivadas na safra.
2. Entenda o que compõe os custos
Também é preciso entender que existe mais de um tipo de custo para se calcular:
- Custo Operacional Efetivo (COE) — relacionado aos custos variáveis, ou seja, as despesas que existem se houver produção agrícola. São elas: custeio da lavoura, análise de solo, sementes, fertilizantes, inseticidas, herbicidas, manutenção de máquinas etc.;
- Custo Operacional Total (COT) — resultado do COE mais alguns itens dos custos fixos, que não sofrem alteração de valor caso haja aumento ou diminuição da produção. Trata-se do custo de depreciação, que pode ser do barracão, máquina, entre outros;
- Custeio por absorção e custeio ABC — todos os custos fixos ou variáveis que são destinados aos produtos da fazenda. Um trator, um depósito de insumos, um barracão de máquinas que podem ser compartilhadas por mais de uma atividade no ano agrícola, etc.
3. Faça registros periódicos
É fundamental manter os custos registrados com o máximo de informações possíveis — datas, fornecedores, preços, quantidade, prazo de validade. Assim, depois você terá um relatório detalhado das despesas e receitas de cada safra, além do dinheiro que foi investido, para comparar e verificar se está tendo lucro ou prejuízo a longo prazo.
4. Conte com um software de gestão
Por fim, um bom controle da produção agrícola é aquele capaz de analisar se todas as atividades estão dentro do planejamento. Mas, para isso, o produtor rural precisa monitorar suas etapas por meio de relatórios completos e realizar operações de caixa, pagamentos, custos, entre outras tarefas, com o máximo de eficiência. E isso exige um bom software de gestão.
A tecnologia é hoje essencial para controlar o custo de produção agrícola. Afinal, ela otimiza e facilita o gerenciamento da sua fazenda, além de demonstrar onde está havendo desperdícios e onde devem ser feitos novos investimentos. Pense nisso!
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